Denominação histórica

  Gen Ex Samuel Augusto Alves Corrêa
30/03/1917 a 14/11/2007

Samuel Augusto Alves Correia nasceu em Mato Grosso no dia 30 de março de 1917, filho de Virgílio Alves Correia Filho e de Edite Alves Correia. Sentou praça em março de 1934 na Escola Militar de Realengo, sendo declarado aspirante a oficial da arma de engenharia em janeiro de 1937. 

Em dezembro de 1937 foi promovido a segundo-tenente e em setembro de 1938 a primeiro-tenente. Em março de 1941 foi transferido para a Escola Militar de Realengo, como auxiliar de instrutor de engenharia. Em agosto do ano seguinte recebeu a patente de capitão, matriculando-se em junho no curso regional de oficiais da arma de engenharia, que concluiu em setembro. Em fevereiro de 1946 iniciou curso no Estado-Maior do Exército (EME), concluindo-o em dezembro de 1948. Nesse período, em dezembro de 1947, recebeu a patente de major. Entre agosto de 1949 e julho de 1950 fez o curso da Escola de Engenharia Fort Bevoir, curso avançado do Exército norte-americano.

Tenente-coronel em novembro de 1951, em setembro de 1954 assumiu o comando do Batalhão Escola de Engenharia na Vila Militar 1ª R.M. Em junho do ano seguinte foi transferido para o 1º Grupamento de Engenharia em João Pessoa. À disposição da Presidência da República, como adido do Departamento de Produção de Engenharia e Comunicações do Estado da Guanabara entre fevereiro e dezembro de 1961, em março do ano seguinte iniciou o curso de estado-maior e comando da Escola Superior de Guerra (ESG), como estagiário do das Forças Armadas. Em agosto de 1962 recebeu a patente de coronel. Concluiu o curso em dezembro. Em março de 1963 foi nomeado para a chefia da 4ª Seção do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA).

Em 19 de março de 1964, assumiu o comando do 2º Batalhão Rodoviário, sediado em lages-SC. O período de seu comando, o Brasil vivenciou o início dos Governos Militares, com diversos acontecimentos que exigiram sua liderança, experiência e inteligência, como na neutralização de ameaças de insurgências internas, manteve o espírito de corpo de seus comandados. No mesmo mês, desencadeou operações em posições defensivas e de controle de vias na fronteira do Estado de Santa Catariana e Rio Grande do Sul, garantindo a Lei e a Ordem em sua Área de responsabilidade

Operação Passo do Socorro

Em 18 de agosto de 1965, uma das maiores enchentes da história elevou o nível das águas do rio Pelotas, em 23 metros acima de seu nível normal, destruindo as pontes que ligavam o Rio Grande do Sul aos demais Estados brasileiros.

O Cmt do III Exército homologou o pedido do então Cel Samuel Augusto Alves Corrêa, Cmt do 2º Batalhão Rodoviário, com sede em Lages-SC, em assumir as ações para o desencadeamento da Operação Passo do Socorro, na calha do rio Pelotas.

No dia 2 de setembro de 1965, a ligação foi restabelecida por uma ponte provisória B4A1, de 200 metros, pelo 6º BE Cmb, com capacidade para travessia de veículos de até 12 toneladas. Entretanto, no dia 5 de setembro o rio Pelotas voltou a subir e arrastou a B4A1, interrompendo novamente a passagem. Dez dias depois, a ponte flutuante foi reconstruída e o trânsito restabelecido. Desta vez, coube ao 3º BE Cmb o lançamento de nova ponte B4A1, apoiado pelo 5º BE Cmb. Uma segunda ponte B4A1 foi lançada pelos 2º e 3º BE Cmb, para 25 toneladas. Em janeiro do ano seguinte (1966), no dia 10, uma Ponte Bailey entrou em operação, com material dos 1º e 2º BE Cmb. Em setembro daquele mesmo ano, a nova e definitiva ponte foi inaugurada pelo General Castelo Branco, Presidente da República.

Dentre as Organizações Militares, participantes da época ou que herdaram estruturas, três delas são Organizações Militares Diretamente Subordinadas do 4º Grupamento de Engenharia. São elas: 3º BE Cmb, 6º BE Cmb e o 1º B Fv (que herdou estruturas e instalações do 2º B Rv).

No comando da Operação Passo do Socorro, o então Cel Samuel comportou-se como Oficial General, pois conduziu um “Grupamento de Engenharia”, no qual enquadrou pessoal e material de 7 Unidades de Engenharia.

Dentre as Organizações Militares, participantes da época ou que herdaram estruturas, três delas são Organizações Militares Diretamente Subordinas do 4º Grupamento de Engenharia, um Grande Comando de Engenharia criado em 2016, são elas: 3º BE Cmb, 6º BE Cmb e o 1º Batalhão Ferroviário – 1º BFv (herdou estruturas e instalações do 2º BRv).

Hoje, os integrantes do 4º Grupamento de Engenharia, guardiões dos laços históricos, vivenciam os atributos do Gen Ex Samuel Augusto Alves Corrêa, com êxito.